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afternoon-analog-analogue-1549697 José Rodrigues dos Santos: “Um político mente, porque o povo pede esperança…” Sílvia dos Santos esteve à conversa com um dos escritores mais controversos da nossa geração, desde José Saramago. José Rodrigues dos Santos revelou-nos que este romance, de ficção, só tem 20%, porque os restantes 80% tratam de um assunto que nos interessa a todos, um assunto muito sério que tanto tem de antigo como atual. O jornalista, nascido em Moçambique (1964), iniciou a sua carreira em 1961 na Rádio Macau com apenas 17 anos de idade, e que atualmente apresenta o Telejornal na RTP, não permitiu que os protocolos que existem na área do jornalismo comprometessem o trabalho da sua outra identidade. José, considera que o escritor em si e livre para escrever sobre o que quer e da forma que lhe apetece como se de um escape se tratasse. Mas José, considera que tinha de escrever sobre este assunto tão circunspecto que está em todas as bancas de jornais e na boca do povo, ainda que em forma de romance e fazendo-se acompanhar pela personagem de outros romances”, Tomás Noronha, numa tentativa de apelar aos leitores que já se possam sentir cansados das palavras e frases da ordem do dia: “Austeridade”: “Dividas contraídas ao longo dos anos”, “Troika’, “Aumento do IVA, dos bens essenciais (pão, etc.)”: “Desemprego”, Daí que José tenha optado por escrever um livro que discuta sobre o que está nas entrelinhas e que muitos falam e poucos dizem do que realmente se trata, a verdade dos números, a ausência de riqueza no pais, as verdadeiras razões pelas quais nos encontramos neste ‘buraco’ do qual parece que nunca iremos sair”. [2]Rodrigues dos Santos acredita, no entanto que a longo prazo o país possa seguir em franca recuperação, até porque ele tem duas filhas, e como pai e também como cidadão sente que é possível acreditar numa melhoria, e uma das soluções que ele menciona e Portugal baixar o Imposto Rendimento Coletivo (IRC) para os 10%. E tanto ao quanto ele sabe, essa medida já está a ser discutida para entrar em vigor, mas não pode afirmar com toda a certeza. Porque considera que os grandes empresários a nível internacional entendem a sigla IRC, que é uma sigla universal, e estes tendo conhecimento que Portugal baixou para os 10%, pode ser que se sintam tentados a investir no nosso país e possamos seguir num caminho de progressão e prosperidade, porque riqueza gera riqueza, e José baseou-se na profunda investigação que se propôs a elaborar, fazendo a conjugação de “anotações que advinham de conversas com profissionais nas mais diversas áreas, desde a área bancária à área jurídica, passando por entrevistas a pessoas que se encontram desempregadas”, e leu muitos artigos, fazendo uma busca exaustiva da informação mais aprimorada, e acima de tudo verdadeira da atual conjuntura. José não escreveu este livro, que já é um sucesso de bilheteira, de animo leve, disse-nos de forma veemente. O escritor e jornalista afirma: “Toda a informação histórica, financeira, e económica incluída neste romance é verdadeira.” José com este “A Mão do Diabo” facilita-nos a compreensão de todo este cenário caótico em que todos nos encontramos, sublinhe-se: nós portugueses e todos os cidadãos europeus, porque esta crise sendo mundial, é essencialmente europeia. Este décimo romance de José Rodrigues dos Santos pode ser visto como um manual de instruções de como desmistificar, ou despojar a crise tal como a conhecemos. Na apresentação do livro “A Mão do Diabo no Porto, na passada sexta-feira, José Rodrigues dos Santos corroborou de forma muito simples e fácil de se entender, toda a sua teoria com alguns gráficos expostos no local, dos quais ele fornecia uma informação clara sobre “a frieza dos números” apoiando-se numa conversa rudimentar e muito natural que teve com o público que assistia à apresentação, e com uns laivos de humor citou a forma caricata de como alguns portugueses se referem à Chanceler alemã, Ângela Merkel: “A gorda… a gorda alemã”. Sabemos que José sempre que escreve um livro, conta sempre com a opinião de sua esposa (Florbela Cardoso), e pode-se dizer sua companheira nestas ‘aventuras romancistas’, uma vez que é professora de profissão a opinião de Florbela torna-se ainda mais pertinente. Estão casados desde 1988, dessa união nasceram a Catarina e a Inês. Como o próprio escritor imputou em jeito de dedicatória numa das primeiras folhas do livro: “As minhas três diabinhas, Florbela, Catarina e Inês”. “O euro como nós o conhecemos vai mudar…”; “Os números são frios… Um político sabe que se falar a verdade perde votos e não é eleito, então mente porque o povo pede esperança…”; Relatamos aqui que aquando da conversa que Sílvia dos Santos teve com o escritor José Rodrigues dos Santos, soubemos a notícia de última hora através dos media, que 27 Estados Membros da União Europeia não tinham chegado a acordo sobre o orçamento para 2014-2020, e questionamos-lhe se se sentia satisfeito com o livro, se não pretendia escrever mais tarde, outro livro abordando os mesmos temas (“crise’ e ‘corrupção”), pelo simples facto da economia ser algo que está em permanente mutação, ao que José nos confidenciou: “Sinto que com este livro, que é um livro ‘pesado’, fechei o capitulo do tema ‘crise’, as pessoas que lerem “A Mão do Diabo” vão ficar finalmente esclarecidas acerca deste assunto. Muitas vezes comparado pelos críticos, a Dan Brown, e com este livro ‘A Mão do Diabo’ foi considerado “melhor que o Dan Brown”, quem o diz é o holandês Tros Nieuwsshow, afirmação que esta destacada na parte de trás do livro como podem constatar. Como o próprio subtítulo (“A verdade oculta sobre a crise”) do décimo livro editado de José Rodrigues dos Santos, “A Mão do Diabo” sugere, vivemos numa sociedade ‘cega’ que não vê a verdade por detrás dos discursos da classe politica do nosso pais, como o próprio José nos declarou: “Quem personifica aqui neste livro ficcional mas muito realista, o Diabo, são os políticos, são esses que nos ‘atiram areia para os olhos’ com mentiras, não permitindo ao povo perceber que a curto e a médio prazo esta situação constrangedora pela qual o pais atravessa não vai melhorar, porque ninguém quer investir num pais que tem o ‘bolso roto’…” O autor ainda nos confidenciou que aprecia iniciar a sua escrita logo pela matina, e como tem uma agenda muito assoberbada não diz ‘Não’ as novas tecnologias, uma vez que o mundo tecnológico vai evoluindo ele admite que tem de se adaptar à nova realidade, muitas vezes aproveita e utiliza o seu portátil, e telemóvel nas viagens longas que faz devido à promoção dos livros, e não só, também quando vai receber distinções a nível internacional em consequência do sucesso que os seus livros fazem, como podem ratificar no último artigo que Sílvia dos Santos fez sobre José Rodrigues dos Santos. Podíamos alongar este artigo e falar sobre os números de vendas que são dignos de se referir, mas resumindo, apenas garantimos que José Rodrigues dos Santos tanto a nível nacional como a nível internacional é muito respeitado pela crítica literária e crítica popular. Deixemos os números falarem por si, tudo, ou seja, todos os projetos em que José Rodrigues dos Santos participa enquanto jornalista e/ou escritor transforma-se em ouro’, pode-se dizer que tem o famoso toque de Midas. Pois bem, as críticas ao mais recente romance de José Rodrigues dos Santos A Mão do Diabo’ vem de todas as partes do mundo: “O português Dos Santos escreveu de facto um grande romance. – Bild am Sonntag. Alemanha; “Para ler com prazer – El Correo Gallego. Espanha: “Com uma escrita clara e escorreita, mantém o leitor colado a história.” – Corriere della Sera, Itália: “José Rodrigues dos Santos fascina e informa, enquanto entretém.’ – Shelf Awareness, Estados Unidos: “Um estilo literário prodigiosamente poético e melódico.” – Literaturzirkel Belletristik, Alemanha “No processo de escrita de “A Mão do Diabo” nunca me arrependi de o estar a escrever, alguém tinha de expor a verdade, a realidade que se esconde no mundo ilusório, enganoso que existe na política, e na área financeira, a corrupção que todos ou quase todos sabem que existe mas da qual ninguém fala abertamente de forma explicita, de forma a que todos entendam, alguém tinha de escrever sobre tudo isto que nos interessa a todos nós. Agora a próxima etapa e outra, pretendo que o meu próximo romance seja diferente e um pouco menos extenuante.” Finda esta linha de pensamento sobre “A Mão do Diabo”, a Sílvia dos Santos termina com uma frase de Oscar Wilde que o autor achou apropriada ao tema, optando por colocar no início do livro: “Nós somos o nosso próprio diabo e fazemos deste mundo o nosso inferno.” [1] Artigo escrito em regime pré-acordo ortográfico

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